quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Abraham Lincoln

Você se sente um fracassado? Foi reprovado em algum concurso, perdeu a namorada, foi demitido do emprego e, por isso mesmo, está se achando um "lixo humano", incapaz de dar a volta por cima?

Se está, leia este pequeno trecho sobre...


ABRAHAM LINCOLN

Lincoln: um homem que tentou ser lojista mas a loja faliu. Ele tentou então a engenharia, mas voltou a fracassar. Tentou a agricultura, mas acabou tendo que vender os equipamentos para pagar as dívidas.

Ele tentou então a carreira militar, e chegou a capitão. Entretanto, sua folha de serviços como militar foi tão insignificante que foi rebaixado a soldado raso e mandado embora.

Ele estava loucamente apaixonado e noivo. A moça morreu, deixando-o terrivelmente chocado. Ele dedicou-se, então, à advocacia. Ganhou algumas causas. Entrou na política, concorreu a cargo eletivo mas foi derrotado.

Será coisa surpreendente o fato de Abraham Lincoln ter se tornado mais tarde presidente dos Estados Unidos? De certa forma é, e de certa forma não. Ele poderia ter permitido que sua mente fosse vencida pelo fracasso e o desânimo. Afinal de contas, muitas pessoas agem assim e acabam se tornando prisioneiras do passado, incapazes de se libertar da imagem do fracasso. Lincoln, no entanto, não agiu dessa maneira.

A forma pela qual deixou deliberadamente para trás o fracasso não foi nenhum milagre - trata-se de um grande privilégio que está ao alcance de todo ser humano. O homem que se tornou presidente havia se empenhado em muitas lutas pela vida afora. Caso contrário não poderia ter sido o que foi, nem ter feito o que fez.

Quem terá melhores condições para se vingar de uma pessoa que lhe tenha feito mal do que o presidente dos Estados Unidos? Vejamos o que aconteceu cinco anos antes de Lincoln ter sido eleito Presidente da República.

Quando era advogado, uma grande empresa estava em dificuldades com a justiça e Lincoln tinha sido indicado pelo tribunal para trabalhar no caso em companhia de dois outros advogados. Mas esses dois advogados eram nomes famosos. Não gostavam da aparência de roceiro de Lincoln. Quando este, com muito sacrífício, preparava os papéis relativos ao caso, não se davam sequer o trabalho de lê-los, pior ainda, negavam-se a se sentar à mesa com ele. Era uma humilhação pública que devia ter-lhe doído amargamente.

Cinco anos se passaram. Lincoln, aquele homem de rosto magro e tristonho, foi eleito presidente da República. Logo, teve de escolher seus ministros, incluindo um Secretário da Guerra. Um homem se destacava como a melhor escolha para aquele posto de alta importância - Edward Stanton. E Lincoln lembrava ser Stanton um dos advogados que tanto o haviam humilhado no caso da empresa.

Apesar disso, nomeou Stanton Secretário da Guerra. Haverá alguma dúvida quanto ao fato de Lincoln ter se mantido senhor de si - para o bem dele e para o bem de todos?

Suponhamos que alguém o acuse de ser um "grande idiota". O que é que você faria? Ficaria aborrecido? Indignado? Eis o que Lincoln fez certa ocasião: Edward Stanton, Secretário da Guerra, disse, certa vez, que Lincoln era "um grande idiota". Stanton estava indignado porque Lincoln se intrometera nos seus assuntos. A fim de agradar a um político egoísta, Lincoln assinara uma ordem transferindo certos regimentos militares. Stanton não só se recusou a cumprir as ordens de Lincoln, como também disse que Lincoln era um grande idiota, por haver assinado tal ordem. Que aconteceu então? Quando contaram a Lincoln o que Stanton dissera contra ele, respondeu calmamente: "Se Stanton disse que eu sou um grande idiota, então é porque eu devo ser, pois ele quase sempre tem razão. O que tenho a fazer é sair e verificar por mim mesmo." Lincoln foi ver Stanton. Stanton convenceu-o de que a ordem estava errada - e Lincoln a anulou.

Lincoln aceitava a crítica quando sabia que era honesta, baseada em fatos.

É bom lembrar que Lincoln é considerado o maior Presidente da história dos Estados Unidos da América.

Portanto, se você se considera um derrotado, é porque está supervalorizando as suas derrotas. Derrotas só valem pelo passado, nunca pelo futuro. E, para recomeçar, basta seguir o exemplo de Lincoln, para quem a honra era a maior das competências.

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